No mundo inteiro, as organizações são fortemente influenciadas, dentre outros aspectos, por fatores culturais. Mesmo com a globalização e o constante crescimento das novas tecnologias, que aproximam as sociedades em escala sem precedentes, os contextos geográfico, social e cultural nos quais cada empresa está inserida ainda desempenha papel fundamental em seus perfis de atuação e respostas frente a problemas e desafios. Isso pode ser percebido de diversas formas.
Por exemplo, alguns países possuem negócios marcados, de modo geral, pela objetividade e rigidez nos processos internos. Isso resulta em produtos e serviços de alta qualidade e níveis elevados de produtividade, mas possivelmente também implica em menor espaço para criatividade e capacidade de adaptação frente a situações inesperadas ou limitação de recursos, devido à inflexibilidade estrutural das empresas. Por outro lado, há contextos em que uma atuação fortemente rígida e concreta dá lugar a posturas mais flexíveis e criativas. Assim, os negócios tendem a ganhar em poder de adaptação e em potencial de inovar, mas perdem em planejamento estratégico e visão de longo prazo. Grosso modo, o Brasil provavelmente se assemelha mais a este segundo perfil.
É claro que essas são generalizações superficiais, que não representam fielmente as peculiaridades de cada organização. No entanto, é fato que muitas empresas no Brasil (sobretudo as PMEs), não possuem uma cultura de planejamento estratégico tão sólida como se vê em nações como Alemanha e Japão, por exemplo. A máxima nos negócios brasileiros é agir primeiro e repensar ou replanejar apenas se algo der errado. Essa mentalidade pode ser muito arriscada, sobretudo no cenário atual. Em mercados cada vez mais competitivos e complexos, planejar e se preparar com antecedência é essencial.
Por que investir em planejamento estratégico?
O conceito de planejamento estratégico diz respeito a uma série de mecanismos sistêmicos utilizados no intuito de definir os caminhos ideais para uma organização. Em outras palavras, é por meio do planejamento estratégico que as equipes e lideranças se esforçam para analisar cenários, definir riscos e oportunidades, estabelecer metas e objetivos, bem como desenvolver ações para atingir os resultados esperados, de acordo com o perfil da marca, de sua equipe e seus públicos.
A prática de planejar ações para antever ameaças e saber como agir em cada situação é antiga no contexto dos negócios, e inclusive remete a períodos que antecedem em séculos o mundo moderno. Não é por acaso, por exemplo, que o livro A Arte da Guerra, de Sun Tzu, escrito durante o século IV a.C, ainda é uma das principais referências literárias para estrategistas corporativos em todo o planeta, mesmo após tanto tempo. Portanto, de maneira categórica, investir em planejamento estratégico é necessário para garantir a sobrevivência: dos exércitos, dos negócios, das sociedades.
Atualmente, os planejamentos estratégicos corporativos são bem diferentes do que eram há algumas décadas. O que antes eram grandes blocos de papel com planos intrincados para 5 ou 10 anos, hoje, são planos digitais interativos e dinâmicos, baseados em dados cada vez mais assertivos sobre a própria organização, seus consumidores, concorrentes e seu mercado de atuação. Isto é um reflexo não apenas dos avanços tecnológicos, mas também do ritmo acelerado das mudanças no século XXI.
Esse dinamismo ao planejar as estratégias de uma organização contribui para a construção de ações versáteis, capazes de serem adequadas de acordo com o contexto, sem que isso signifique comprometer o estilo e a postura da marca, seus objetivos a longo prazo, ou ainda os recursos disponíveis. Isso vale para o marketing, para as finanças e também para o departamento jurídico, especialmente no campo do Direito Empresarial.
Qual é a relação entre planejamento estratégico e Direito Empresarial?
Direito Empresarial ou Direito Comercial é “um ramo que pode ser entendido como o conjunto de normas disciplinadoras da atividade negocial do empresário, e de qualquer pessoa física ou jurídica, destinada a fins de natureza econômica, desde que habitual e dirigida à produção de bens ou serviços conducentes a resultados patrimoniais ou lucrativos, e que a exerça com a racionalidade própria de ‘empresa’, sendo um ramo especial de direito privado.”
Em síntese, é por meio dessa especialidade legal que as pessoas jurídicas lidam com questões relacionadas a seus interesses corporativos, tais como relações entre sócios e com terceiros, registros de marcas e patentes, entre outros pontos fundamentais. Tudo isso se relaciona diretamente ao planejamento estratégico, na medida em que a empresa precisa alinhar suas questões jurídicas para não agir somente de forma reativa, mas proativa, sempre que possível.
Isso significa que, a partir do suporte de profissionais especializados nesta área de atuação, o setor jurídico da empresa pode trabalhar para prever e atenuar riscos, definir políticas de trabalho frente a eventuais problemas, ou ainda agir de maneira assertiva na defesa dos interesses da organização, seus produtos, serviços e imagem de mercado, por exemplo.
O sucesso de uma companhia no contexto atual depende, entre outros fatores, de uma estratégia efetiva de Direito Empresarial. Esta, por sua vez, só pode ser desenvolvida se antes houver um esforço coletivo e constante em desenvolver e atualizar todos os pilares do planejamento estratégico corporativo. Se você já possui uma estrutura consistente no que diz respeito aos planos e táticas de sua empresa, conte conosco para trabalhar agora nas ações relacionadas ao Direito Empresarial.